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A Trincheira do Cybeproletariado BR


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Olá camaradas, recentemente tive uma conversa bem interessante com um anão num fio no VHS.
Qual a opinião dos companheiros sobre a "machosfera" br ? Os movimentos progressistas repudiam os movimentos masculinistas e isso afasta esses das esquerdas, entretanto, e os companheiros hão de convir que é verdade, os movimentos da androsfera trazem uma visão bem lúcida da conjuntura atual. A mídia burguesa mostra esses movimentos como sendo grupos de ódio neonazi e coisas do tipo, quando na verdade a androsfera se trata muito mais de desenvolvimento pessoal e auto afirmação individual do que qualquer outra coisa. A mídia e os próprios social democratas propagam a ideia absurda de que "socialismo é quando o Estado faz as coisas", verdade seja dita, esse "slogan" falso e nojento causa repulsa em qualquer pessoa de bem.
Os camaradas acham conveniente tentar trazer esses novos quadros para dentro da esquerda ? Acho bem tosca a repulsa de prache que a esquerda tem por autores fora da esquerda, olhando por esse lado, o pessoal da machosfera tem bastante a acrescentar, tendo em vista que dentro dos debates masculistas sempre podemos encontrar referências à filosofia antiga  vejo constantes menções a estoicismo e epicurismo , ao pensamento do século 20  vejo muitas discussões sobre Hidegger e Evola  e também aos dias atuais  Dugin, Olavo e Zizek, etc  .
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Continuação da conversa, dessa vez acrescento uma provocação.
Acho que na antiga thread brasileira do Bunkerchan vi uma reflexão bastante interessante por parte de um camarada. O companheiro dizia sobre o surgimento de um "novo tipo de humano" na modernidade, os "lumpem-humanos", como o camarada muito bem descreveu; seriam os estereótipos da Stacy, do Chad, da Becky e do falho "simbolos" dos lumpem-humanos ? Afinal, esses estereótipos ridículos não são apenas o resultado grotesco da indústria cultural em ação ? O que, além da cultura cosmopolita burguesa, teria força o suficiente para degradar um ser humano até esse ponto ?


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 >>/99/
Pô camarada, você sequer se deu ao trabalho de ler o texto ? Claro, ninguém é obrigado a ler nada, mas o mínimo que se espera é que você leia ao menos uma vez o texto que você está comentando. Não é possível que toda a sua opinião sobre o assunto se resuma a uma frase. Tudo bem discordadr, eu quero que as pessoas discordem de mim, apenas não seja desse jeito, não seja um NPC mal programado.



 >>/102/
Tudo na nossa sociedade é socialmente inventado. E enquanto o homem viver em sociedade vai ser assim. Hoje ninguém esta satisfeito, a sociedade capitalista corrompe tudo. Não vemos nossos corpos como adequados, nossos afetos como adequados, nossa posição social como adequada. 
No mundo íntimo na busca por afetos acabamos por ser criados em um mundo de muitas angustias e incertezas, diferente de nossos pais e avós que se casavam jovens e aceitavam a vida que tinham e seus papeis sociais. 
Hoje não se tem segurança nos afetos, empregos, ou redes de apoio, que antes eram relacionados a família biológica. Ao mesmo tempo que não se têm certezas/ seguranças o formato social de adequação é de uma família fordista(pai mãe e filhos. O que não é atingível pela superexploração do trabalho, todos os maiores tem de trabalhar fora de casa para manter as famílias, somado a uma libertação parcial da mulher que a faz poder sair da subjugação pai/marido.
Então você tem indivíduos inseguros de seu corpo, identidade e futuro em busca do afeto e papel sociais perdidos que na verdade nunca existiram.
Particularmente para homens ocorre uma grande gama de cobranças as quais eles não conseguem atender, quais sejam: Ter dinheiro, Ter boa aparência, Ter bom desenpenho sexual, Ter atitude máscula, Ter grande desenvoltura sentimental.
São muitas exigências que combinadas não são alcançáveis.

Solução: Novo pacto de identidade como um ser realizado e identificado com o povo/humanidade em sua luta pela liberdade, se satisfazendo à medida que dá e recebe amor de quem o acompanha no processo de sobreviver ao capitalismo; cuidando dos(as)e sendo cuidado pelas(os) suas(es) camaradas a medida que criam juntos espaços de acolhimento e desenvolvimento da vida

 >>/102/
Já fui um cara pegador, e fiz muita babaquice. Também já me importei muito com o que as pessoas achavam. 

No concreto o importante é criar redes de confiança com gente que seja solidária a você e você com elas. As pessoas querem carinho e cuidado. Querem se sentir seguras

Se você é fonte de ajuda, atenção e segurança pode conseguir gerar uma rede de vida e amor ao redor de si. É necessário ter autocrítica para entender quando machuca as pessoas e como pode ajudar quem vale a pena. 
A maior parte da sociedade é conservadora e até as feministas mais radicais e LGBTQI+ também o são de alguma forma. De qualquer forma quando se trata de querer se relacionar sexualmente quem tem atração por homens quer, no fundo, um companheiro que lhe dê segurança. A medida que consegue ser essa pessoa para alguém e se expressar para que a confiança se desenvolva tudo avança naturalmente.

Para transar, sem sentimentos, o que conta é aparência e capacidade de expressão, mais a última que a primeira. Em geral é conseguir expressar para a pessoa que você é um amante atencioso e uma pessoa legal de conviver.

 >>/103/
> Solução: Novo pacto de identidade com...
Meu Deus camarada, você realmente vê as coisas de forma tão maniqueista ? Como você pode ter uma solução tão simples para um problema tão complexo ? Bem, alguns dos pontos que você apontou são bastante pertinentes e eu concordo que sejam problemas, não sei como eles seriam resolvidos numa sociedade socialista ideal, porém, vivemos no agora e devemos adotar medidas a curto e longo prazo. Os movimentos masculinistas oferecem uma visão extremamente sóbria sobre o assunto e acho que atualmente é neles aonde reside uma semente que pode vir a ser uma "solução" para esses problemas. Dentro da machosfera existe um esforço muito grande em pensar o que é ser homem, o que era, é e virá a ser a masculinidade. Paralelo a isso também existem muitas reflexões sobre a natureza das relações entre homens e mulheres. Cabe destacar também a crítica pertinente que os masculinistas fazem ao feminismo.

 >>/104/
Acho que essa "questão pessoal" está mais relacionada ao fenômeno dos lumpem-humanos destacado pelo camarada na thread do Bunkerchan. A ideologia burguesa avançou de tal forma que seus resultados são visíveis para todos, a degeneração moral do homem e da mulher é evidente ! O masculinismo é aonde encontrei refúgio das maluquices do mundo moderno. Novamente então pergunto o quão relevantes os estereótipos de Chad, Virgin, Stacy e Becki são no debate atual sobre essa questão, claro, são memes toscos de internet, mas o companheiro não acha lamentável que caricaturas tão grotescas possam de alguma forma ter qualquer relação com os nossos dias ?

O camarada já deu uma olhada em algumas análises desses grupos sobre racismo ? É bem interessante 

https://incels.wiki/w/Racepill

Essa porra é brutal e nunca vi ninguém falando dessa merda fora da comunidade masculinista. 


https://youtube.com/watch?v=-Esdsmszvdo

Olhe para os gráficos explanados nesse vídeo .


 >>/105/
Na moral procure Bell Hooks, https://en.wikipedia.org/wiki/Bell_hooks
Ela mudou minha vida. Ela transcendeu o feminismo.
É a síntese dialética. 
Sobre racismo já li muita coisa, mas basicamente florestan fernandes, otavio iani, e clovis moura dão o mapa para entender o racismo no Brasil.

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 >>/109/
Dei uma olhada nesse link da wikipedia e fiquei curioso, ao que parece ela não é "autora de um livro só", sendo assim, o camarada teria alguma obra em específico dela para recomendar ? De preferência alguma mais "sintética" que abrangesse o pensamento dela.

Bem, sobre racismo existem diversos autores e eu já li alguns brasileiros, acerca desse tema tenho opiniões meio estranhas que eu raramente observo em outras pessoas, para ser breve posso dizer que eu sou um apologista da "democracia racial".

 >>/110/
Da Bell Hooks para homens tem esse The Will to Change: Men, Masculinity, and Love
Https://1lib.nl/s/will%20to%20change%20bell%20hooks

Não achei em português. O mercado editorial é curioso. É um livro fácil e da pra ler com o google tradutor. todavia é revolucionário.
Não dá uma solução final paa a prática, mas da o rumo e o mapa.

Sobre democracia racial os autores >florestan fernandes, otavio iani, e clovis moura
destroem com esse conceito. Só existe democracia qualquer no Brasil com o socialismo e assim com o fim do racismo. Para entender o racismo no Brasil o livro A Revolução Burguesa no Brasil de florestan faz um ótimo resumo e aponta a situação da universalidade  nacional


Ih, não boto fé nessa Bell Hooks. Ela, junto com a tal critical race theory, são as bases daquele besteirol SJW. Quer ela soubesse ou não, isso virou puro cointelpro.


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